Em que pese ser ferramenta essencial
de gestão, o planejamento estratégico costuma ser negligenciado por sócios e
gestores de escritórios de advocacia.
Sem o planejamento da estratégia de
negócios uma banca de advogados não consegue antever as tendências de mercado e
por isso, não tem subsídios para prever o futuro nem se preparar para ele. Sem
um bom planejamento, qualquer organização fica à deriva, à mercê dos
acontecimentos, toma decisões inconsistentes que geram alto custo, anda em
círculos. O planejamento estratégico traz clareza, diagnóstico e permite a
agilidade na tomada da melhor decisão de negócios para o escritório.
A negligência talvez se dê por
desconhecimento do poder de uma visão bem construída ou pela falta de
conhecimento quanto à forma de elaboração. Talvez por se acreditar que num
ambiente político e econômico de tantas instabilidades, o planejamento fique
mesmo comprometido, quiçá esvaziado.
Essa postura, entretanto, traz sérias
consequências para a consecução do seu maior objetivo, a existência do escritório,
contribuindo para que todo o esforço do negócio seja em vão.
Alguns fatores influenciam para que o
seu planejamento estratégico não funcione, seguem alguns mais recorrentes:
- A falta de clareza estratégica sobre o mercado,
posicionamento e modelo de negócio do escritório;
- Indefinição sobre o estilo de gestão e a falta de distribuição
de responsabilidades entre os sócios;
- O ambiente interno não colaborativo e povoado por conflitos
e disputas que não contribuem para a sobrevivência do negócio a longo prazo;
- O planejamento estratégico feito apenas pelos sócios, sem
envolver a equipe e nem comunicar a ela quais são as metas e a visão de futuro
do negócio. A consequência é a não geração engajamento. Sem incentivo não há comprometimento
com o resultado;
- Não fracionamento das metas por departamentos do
escritório, não eleição de responsáveis e nem métricas. Ausência de reuniões
para acompanhamento mensal e verificação de causa e efeito do que não deu certo
e quais as opções de correção de rota;
- Criação de um bom plano de ação com informações suficientes
e sua disciplinada execução e acompanhamento pela liderança;
- Ausência de liderança capaz de fazer a conexão entre e
estratégico e o operacional (o dia a dia da execução das metas do
planejamento);
- Ausência de investimento na capacitação das pessoas para
que elas se desenvolvam profissionalmente, de forma direcionada, nas
competências necessárias a levar o negócio a atingir a visão, qual a
responsabilidade e papel delas no todo;
- Dar atenção mais à tarefa do que à estratégia, sobrepor o
micro ao macro, ou pior, não compreender e nem comunicar qual das tarefas são
essenciais ou basilares para o atingimento da estratégia macro.
O planejamento estratégico tem status
de primeira necessidade em bancas de desejam crescer de forma estruturada, é
processo gerencial que impulsiona o escritório para a direção certa, auxiliando
na antecipação de ameaças e previsão de oportunidades de mercado e melhorias
contínuas. É importante demais para ser negligenciado ou feito às pressas.
Engavetado, então, tem o poder inverso, não realiza nada!
Publicado originalmente em: http://blog.dmmcorp.com.br/2016/11/08/por-que-o-seu-planejamento-estrategico-nao-vai-funcionar/