Uma marca
jurídica forte é o resultado da soma dos talentos de uma banca.
O que se vê,
tristemente, no dia a dia, é que a permanência desses profissionais, em algumas
sociedades de advogados, dura pouco.
A queixa mais
comum é a ausência de um plano estruturado de carreira e desenvolvimento que
possibilite a ascensão a sócio do escritório. Outra é a carência de uma
política de comunicação da estratégia do negócio, para onde vamos, como e por
que. Assim, os jovens talentos decidem abrir seus próprios escritórios, por não
verem perspectivas de crescimento, e vão empreender antes dos 30 anos.
O pano de fundo
é a lacuna na liderança. Advogados são técnicos e foram treinados a assim
permanecer. Os bancos das faculdades nos ensinam a trabalhar sozinhos e a lidar
com questões hermenêuticas. Os códigos de processo nos condicionam a seguir a
fórmula, o passo a passo está todo ali, desenhado.
Porém, quando
se lida com gente, com pessoas, não há receita. Grande parte dos advogados tem uma
forte resistência em lidar com aspectos motivacionais ou mesmo avaliativos e
corretivos, principalmente no que tange ao comportamento, dos profissionais que
compõem a banca ou o escritório.
Essa tem sido
uma das maiores barreiras para o adequado crescimento de bancas. A diretriz de
uma banca bem sucedida deve ser de
promover a excelência de seus membros, apresentando expectativas claras quanto
ao desempenho e aos rumos do negócio, e oferecendo instrução permanente. Um
programa de incentivos internos, reconhecimentos, uma política clara de
desenvolvimento profissional atrelado a uma justa remuneração e bonificação faz
com que os melhores talentos funcionem como molas propulsoras do crescimento do
escritório.
Uma equipe
motivada e qualificada agrega valor ao cliente.
Em tempos de
mudanças drásticas, são os aprendizes que herdarão o futuro. É disso que se trata
a liderança.
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