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segunda-feira, 13 de julho de 2015

A fuga de talentos na advocacia

















Uma marca jurídica forte é o resultado da soma dos talentos de uma banca.
O que se vê, tristemente, no dia a dia, é que a permanência desses profissionais, em algumas sociedades de advogados, dura pouco.
A queixa mais comum é a ausência de um plano estruturado de carreira e desenvolvimento que possibilite a ascensão a sócio do escritório. Outra é a carência de uma política de comunicação da estratégia do negócio, para onde vamos, como e por que. Assim, os jovens talentos decidem abrir seus próprios escritórios, por não verem perspectivas de crescimento, e vão empreender antes dos 30 anos.
O pano de fundo é a lacuna na liderança. Advogados são técnicos e foram treinados a assim permanecer. Os bancos das faculdades nos ensinam a trabalhar sozinhos e a lidar com questões hermenêuticas. Os códigos de processo nos condicionam a seguir a fórmula, o passo a passo está todo ali, desenhado.
Porém, quando se lida com gente, com pessoas, não há receita. Grande parte dos advogados tem uma forte resistência em lidar com aspectos motivacionais ou mesmo avaliativos e corretivos, principalmente no que tange ao comportamento, dos profissionais que compõem a banca ou o escritório.
Essa tem sido uma das maiores barreiras para o adequado crescimento de bancas. A diretriz de uma banca bem sucedida deve ser  de promover a excelência de seus membros, apresentando expectativas claras quanto ao desempenho e aos rumos do negócio, e oferecendo instrução permanente. Um programa de incentivos internos, reconhecimentos, uma política clara de desenvolvimento profissional atrelado a uma justa remuneração e bonificação faz com que os melhores talentos funcionem como molas propulsoras do crescimento do escritório.
Uma equipe motivada e qualificada agrega valor ao cliente.

Em tempos de mudanças drásticas, são os aprendizes que herdarão o futuro. É disso que se trata a liderança.